quarta-feira, 6 de junho de 2018

Tremores de terra no Ceará chegam a alcançar 3,0 de magnitude na escala Richter



Mas... Você sabe porque a Terra treme? E o que tem no Ceará que faz ela tremer? É isso que vamos saber no nosso post de hoje!


Que a Terra originou-se há bilhões de anos, isso nós sabemos e também que os continentes existentes nela são sustentados pelas chamadas placas tectônicas e apesar do planeta parecer perfeito, ele tem alguns defeitos que chamamos de falhas geológicas.

Você sabe como surgiram as placas tectônicas e como a Terra se dividiu nos continentes que temos hoje?

Pois bem, os cientistas acreditam que a terra foi formada a partir de uma grande explosão de energia que aconteceu no universo, o Big Bang. Todo o sistema solar teve início após essa explosão e após isso, a Terra era como uma bola brilhante de fogo e depois foi se resfriando. 
Planeta Terra após o Big Bang

“Durante o processo de fusão dos materiais que formaram a Terra, os elementos mais densos e pesados (sobretudo o ferro e o níquel) deslocaram-se para as camadas mais profundas, enquanto os mais leves e menos densos ficaram próximos à superfície. ” (SILVA, 2013, p. 95)

No início, não havia a separação de continentes como temos hoje, então milhões de anos se passaram e as placas tectônicas começaram a se mover e dividir o único continente até então existente em várias partes. Hoje temos as 12 principais placas tectônicas, que são: Placa Eurasiática, Placa Indo-Australiana, Placa Filipina, Placa dos Cocos, Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa Arábica, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártica e Placa Caribeana. Essas placas se ainda se movimentam, deslizam e se chocam umas com as outras, gerando os tão temidos terremotos, tsunamis, maremotos, dentre outros eventos.
Formação dos continentes

Os terremotos podem acontecer devido a falhas geológicas ou pelo choque de placas tectônicas e para se medir o abalo e força dos terremotos, é utilizado uma escala conhecida como escala Richter que mede a magnitude deles, indo de 0 a 10.

Choque de placas tectônicas, originando um terremoto.

Em outubro de 2016, foi registrado um tremor de terra no Ceará, mais especificamente nos municípios  de Orós e Iguatu, no Centro-Sul do estado que chegou a medir 3,0 de magnitude na escala Richter. Uma intensidade como a desse tremor não é tão grave e não causa grandes problemas para as cidades atingidas, mas é o suficiente causar pânico para os moradores das regiões afetadas.

A maioria dos tremores são percebidos em maior intensidade em locais com falhas geológicas e também onde exista o encontro de duas placas tectônicas. Apesar de o Brasil estar situado no centro da placa sul-Americana, ainda sim, existem falhas ou desgastes de placa que ocasionam essa instabilidade e provocam uma leve movimentação gerando o tremor, mas sendo este diferente de tremores que ocorrem no Japão ou Estados Unidos.

Existem ainda, tremores que não são originados em terras brasileiras, mas podem ser sentidos em algumas cidades, como por exemplo, os tremores que acontecem na Bolívia, onde recentemente, em 2018 aconteceu um tremor que foi sentido nos estados São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio grande do Sul. 

Apesar de no Ceará haver pequenos tremores, devido a essa série de características do território brasileiro, um tremor em específico entrou para a história do estado e ficou conhecido como terremoto de Pacajus. Registrado em 20 de novembro de 1980, o tremor atingiu 5,2 de magnitude e foi considerado o maior tremor das regiões norte e nordeste, onde 488 casas foram danificadas.

Casas afetadas pelo abalo sísmico de Pacajus, em 1980.

Apesar de ser um abalo grande em comparação aos já registrados, os tremores de terra que temos aqui no Brasil, não ultrapassam médias já registradas em outros países que têm ocorrências mais requentes desses abalos.

Francisco Brandão, chefe do núcleo de sismologia da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Ceará (CEDEC), dá uma explicação sobre o caso: “Nós estamos no centro das placas tectônicas sul-americanas. O Japão é diferente. Ele está na borda da placa, ou seja, é uma questão de localização. Na borda, o que acontece são placas se chocando. No choque, acontecem os maiores tremores. Ao passo que, no centro, as magnitudes são menores. O centro é um reflexo do que acontece na ponta, que aí são formadas as falhas geológicas no interior. Existem várias placas tectônicas na Terra. Somente no território japonês são quatro placas se chocando umas com as outras. Lá é esperado um tremor de terra jamais visto. Tanto lá como nos Estados Unidos, na área da Califórnia, acima de 9,5 na escala Richter”.

Apesar de causarem susto e pânico, agora entendemos que nossa região não favorece o acontecimento de grandes tremores de terra. Mas é sempre bom ficar ligado no que rola por aí pra não ser pego de surpresa! 


Veja esse vídeo e entenda melhor sobre o processo de formação dos terremotos:





REFERÊNCIAS


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