quinta-feira, 1 de outubro de 2020

FILARIOSE - A CONHECIDA ELEFANTÍASE

 

Olá, amigos!
Hoje no blog nós vamos falar de Parasitose causada por Helmintos.

 

Imagem: https://www.facebook.com/biologiajubilut/posts/1994792887269729/

 

Aprenderemos um pouco mais sobre a Filariose, conhecida popularmente por elefantíase. A Filariose linfática é uma infecção causada pelos parasitas nematódeos (vermes cilíndricos). Os agentes etiológicos são Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, sendo endêmica principalmente em países da Ásia e África. Focos localizados da infecção são encontrados também na América do Sul, América Central, algumas ilhas do Caribe e grande parte das ilhas do Pacífico (OMS, 1988).

Como se “pega” essa doença?

O vetor (transmissor) é um mosquito do gênero Culex e o homem é o único reservatório.

Nas Américas, a doença é causada somente pela Wuchereria bancrofti, um nematódeo que vive nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados. É conhecida também como Filariose de Bancrofti ou elefantíase, devido a uma das manifestações na fase crônica, que ocasiona o aumento excessivo do órgão afetado, similar a uma pata de elefante.


Imagem: https://www.todamateria.com.br/filariose

Quais os sintomas da doença?

Podem existir indivíduos assintomáticos. Os casos sintomáticos apresentam os seguintes sintomas: febre recorrente aguda, astenia(fraqueza), dores musculares, fotofobia (sensibilidade à luz), urticárias (irritações na pele), pericardite, cefaleia, infecção dos gânglios linfáticos. Em casos mais graves os indivíduos apresentam hidrocele (acúmulo de água nos testículos), quiluria (aparecimento de gordura na urina), aumento exagerado de membros (daí o nome elefantíase), mamas, órgãos genitais e asma.

Imagem: https://sites.google.com/site/infectologiafilariose/o-que-e-filariose/manifestacoes-clinicas 

E o tratamento?

Feito com vermífugo por um curto período de tempo, a depender da evolução do paciente. As drogas mais utilizadas são: Dietilcarbamazina (DEC) e Ivermectina (IVM), ou uma associação de ambas.


Prevenir é melhor que remediar!

Apesar de não existirem medidas altamente eficientes para prevenir a doença, algumas medidas podem ser tomadas para amenizar o contágio. Uma das medidas de controle adotadas é a redução do mosquito vetor, através de biocidas, instalação de mosquiteiros cortinas impregnadas com inseticidas para limitar o contato entre o vetor e o homem; utilização de inseticidas no interior das residências; informar às comunidades das áreas afetadas, sobre a doença e as medidas que podem ser adotadas para sua redução/eliminação; identificação dos criadouros potenciais; e tratamento em massa para as populações humanas que residem nos focos.

 

Devido às suas características epidemiológicas, a FL é uma das doenças com potencial para eliminação. Desde 2013, o Brasil está seguindo a metodologia definida pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/OMS para comprovação da interrupção da transmissão de Filariose  nas áreas submetidas à estratégia de tratamento coletivo, denominada TAS (Transmission Assessment Survey). A previsão é que, no Brasil, o TAS seja finalizado em 2020 e, após essa etapa, será elaborado o dossiê que subsidiará a certificação de interrupção da transmissão.

 

 

 

 

Bibliografia:


Filariose. Disponível em http://www.fiocruz.br/bibmang/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=94&sid=106

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde no Brasil 2003|2019: da criação da Secretaria de Vigilância em Saúde aos dias atuais. Bol Epidemiol [Internet]. 2019 set [data da citação]; 50(n.esp.):1-154. Disponível em: http://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos